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  • Mapeamento da SaferNet identifica deepfakes sexuais em escolas em 10 dos 27 estados brasileiros

    / / Crimes na Web / Por marcelo / 2 dias 9 horas atrás

    A SaferNet Brasil identificou 16 casos de uso de deepfake sexuais em escolas de 10 dos 27 estados brasileiros. O mapeamento faz parte do estudo “Uso indevido de IA generativa: perspectivas sobre riscos e danos centradas nas crianças” que está sendo conduzido pela ONG brasileira sobre o mau uso de IA Generativa para o cometimento de crimes contra crianças e adolescentes. O estudo é financiado com recursos do fundo SafeOnline, gerido pela Unicef. 

    As deepfakes sexuais são imagens de nudez ou cunho sexual criadas com inteligência artificial generativa sem o consentimento das pessoas retratadas, caracterizando uma violação da privacidade e da dignidade.

    A IA generativa é uma tecnologia que pode ser treinada com dados para a criação de novos conteúdos a partir de comandos humanos. Essas imagens podem ser inteiramente sintéticas, ou seja, criadas sem a imagem de uma criança real, ou podem ser manipuladas a partir de fotos e vídeos existentes para criar montagens hiper-realistas que alteram rostos e corpos (deepfakes).

    Esse levantamento, conduzido de forma contínua pela SaferNet Brasil, analisando o noticiário sobre o tema desde 2023 até agora, identificou 16 casos de deepfakes sexuais envolvendo ao menos 72 vítimas nas cinco regiões do país. Os estados onde foram registrados casos são: Alagoas, Bahia, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

    Também foram identificados 57 agressores. Todos os envolvidos nos casos enumerados até agora tinham menos de 18 anos quando os atos aconteceram. Em quase todos os episódios noticiados pela imprensa, os crimes ocorreram em instituições de ensino privadas. As informações foram levantadas a partir da análise de centenas de reportagens publicadas por veículos nacionais e locais.

    O número de casos pode ser bem maior pois a SaferNet recebeu informações e confirmou de forma independente mais três casos não noticiados pela imprensa: dois no Rio de Janeiro e um no Distrito Federal, com pelo menos mais 10 vítimas e um agressor identificados. 

    Embora o número de casos identificados até o momento seja menor em comparação às ocorrências de imagens de abuso e exploração sexual sem o uso de IA, chama a atenção o fato de não haver, por parte das autoridades brasileiras, um monitoramento sobre a incidência desses crimes, nem se as investigações sobre esses casos têm avançado, dificultando a compreensão da real dimensão do problema.

    Sobre a pesquisa

    Por conta dessa lacuna, a SaferNet iniciou a pesquisa para ouvir relatos de vítimas e testemunhas. Ao longo de mais de 18 anos acolhendo pessoas que passaram por esse tipo de violência, a SaferNet sabe que muitas vítimas não buscam ajuda, nem revelam estar sofrendo esse tipo de abuso, por medo do julgamento em seu grupo social ou familiar ou por acreditarem que nada será feito. 

    Por isso, todos os relatos poderão ser feitos de forma anônima e segura diretamente por meio do formulário https://bit.ly/pesquisadeepfake ou com a ajuda de profissionais de saúde mental do canal de ajuda da SaferNet. Sua voz pode nos ajudar a compreender a dimensão do problema e a proteger outras pessoas. Caso opte pelo Canal de Ajuda, ao iniciar seu relato, por e-mail ou chat, use as palavras-chaves “estudo de IA” para facilitar a identificação do seu relato.

    “Sabemos que pode ser muito difícil falar sobre isso, mas a voz das vítimas é essencial para dimensionar o problema e ajudar outros adolescentes no futuro. Com a pesquisa, queremos elaborar um relatório inédito no Brasil sobre o tema e incentivar autoridades públicas a construir uma resposta a essa demanda com soluções que façam diferença no dia a dia dos adolescentes”, afirma Juliana Cunha, diretora de projetos especiais da SaferNet.

    Segundo Juliana, a pesquisa também ajudará com recomendações sobre melhores abordagens nesses casos, inclusive medidas não restritivas de liberdade nos casos envolvendo adolescentes, para os quais são necessárias respostas que também os considerem como sujeitos em desenvolvimento. 

    Gráficos dinâmicos

    Casos por estado:

    map visualization

    Vítimas e agressores, por estado

    chart visualization

    O primeiro caso identificado no mapeamento data de 2023 — período em que as tecnologias de criação de imagens evoluíram de forma acelerada e se tornaram amplamente acessíveis. 

    Para a SaferNet Brasil, esse marco evidencia não apenas o caráter emergente dessas ferramentas, mas também a ausência de mecanismos públicos eficazes para monitorar seu uso. 

    Os registros existentes apontam um potencial elevado de danos psicológicos e sociais às vítimas, que ficam desprotegidas diante da dificuldade de responsabilização dos agressores e da rápida disseminação do conteúdo. 

    Legislação e regulamentação

    O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) define como crime, em seu artigo 241-C, a simulação de cenas de sexo ou cenas pornográficas com crianças e adolescentes. 

    Mesmo que o autor da manipulação seja menor de idade, o ato poderá ser enquadrado como ato infracional análogo ao crime previsto no artigo 241-C do ECA e punido com sanções de até três anos, como prevê o estatuto. Se o autor do crime for maior de 18 anos na data dos fatos, a pena prevista é de reclusão de três a seis anos, além de multa. 

    Caso você encontre algum conteúdo, artificial ou real, de imagens de abuso e exploração sexual infantil, denuncie à SaferNet na Central de Crimes Cibernéticos pelo link denuncie.org.br

    Ambos os gráficos serão atualizados rotineiramente, com informações sobre estados, número de vítimas e agressores. No futuro, dados sobre gênero dos adolescentes envolvidos nas ocorrências poderão ser adicionados. Para sugerir uma alteração, entre em contato pelo e-mail: comunicacao@safernet.org.br.

    Embora o Brasil tenha leis contra o abuso e a exploração sexual de crianças e adolescentes, o país ainda não possui regulamentação específica para a criação, distribuição ou comercialização de ferramentas de inteligência artificial. 

    Regulações dedicadas ao uso e ao desenvolvimento dessas tecnologias são relevantes para impedir, desde a concepção, futuros problemas de design e redistribuição no mercado consumidor. 

    Sobre a SaferNet Brasil

    A Safernet completará 20 anos de existência em dezembro deste ano. Durante sua trajetória, a ONG brasileira tornou-se referência na promoção dos direitos humanos na internet. Com uma abordagem multissetorial, atua no enfrentamento aos crimes cibernéticos contra os Direitos Humanos, no acolhimento de vítimas de violência online e em programas de educação, prevenção e conscientização.

    A Safernet mantém o Canal Nacional de Denúncias www.denuncie.org.br, conveniado ao Ministério Público Federal e o Canal de ajuda.org.br, o Helpline, para o acolhimento e orientação às vítimas de violência e outros problemas online. A Safernet promove o uso seguro da internet com projetos educacionais como a Disciplina de Cidadania Digital .

    A SaferNet entrou este ano para o grupo dos hotlines que mais contribuíram globalmente para a detecção de páginas com material de abuso sexual infantil, a partir de denúncias e de busca pró-ativa com ferramentas de detecção, segundo o último relatório global do InHope, associação internacional que reune 57 canais de denúncia em 52 países.

    Texto publicado em 06/10/2025

    Mais informações à imprensa:

    Marcelo Oliveira
    Assessor de Imprensa
    SaferNet Brasil
    Whatsapp: 11-98100-9521
    marcelo@safernet.org.br

  • Materiais da SaferNet passam a integrar acervo do STF de combate à desinformação

    / / Liberdade de Expressão / Por marcelo / 1 semana 6 dias atrás

    Os guias Cidadão Digital e Meninas em Rede, da SaferNet Brasil, passaram a integrar a coleção “Proteção de Direitos na Infância e Adolescência no Ambiente Digital” do acervo digital da Desinfoteca, projeto do Programa de Combate à Desinformação do Supremo Tribunal Federal. 

    Os trabalhos foram aceitos no Edital de chamamento público para a composição do acervo da Desinfoteca, criada pelo Programa de Combate à Desinformação do STF em parceria com a Secretaria de Altos Estudos, Pesquisas e Gestão da Informação do STF. 


    O Guia Meninas em Rede foi desenvolvido pela Safernet Brasil, em parceria com o UNICEF Brasil. A publicação traz um glossário sobre os tipos de violência mais comuns que atingem meninas e mulheres na internet, lista as leis que protegem as vítimas e mostra um passo a passo para amigos, pais e educadores sobre o que fazer caso seja ou conheça alguma menina que tenha sido alvo de alguma violência desse tipo. 


    O guia ainda traz sugestões de atividades para que meninas e mulheres aprendam a fazer um mapeamento e o diagnóstico das redes de proteção e apoio em sua região, adequando a luta pelos direitos de meninas e mulheres à sua realidade local. Além de uma atividade para criar um projeto ou um plano que ajude a fortalecer as redes de proteção e apoio em diferentes territórios.


    Já o Guia Cidadão Digital foi criado pela SaferNet Brasil em parceria com a Meta. A publicação reúne atividades sobre Cidadania Digital e materiais para ações educativas remotas e presenciais sobre privacidade, reputação digital, ciberbullying, vazamento de imagens íntimas, educação midiática e saúde emocional no contexto digital. 


    A metodologia do guia envolve a educação entre pares e é voltada à replicação das atividades não somente por educadores, mas pelos próprios jovens, promovendo o uso crítico, seguro e positivo do ambiente digital. Também inclui conteúdos complementares e uma série de materiais de apoio que auxiliam na construção de um plano de ação.

     

    Mais SaferNet no STF

    No último dia 18 de setembro, a SaferNet participou do Seminário Nacional “Prioridade Absoluta: Diálogos pela Infância e Adolescência Seguras no Ambiente Digital”, evento durante o qual foi lançada a Desinfoteca. 


    A psicóloga Bianca Orrico, doutora em Estudos da Criança pela Universidade do Minho, em Portugal, e suplente do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), representou a SaferNet no evento. Bianca apresentou a Disciplina de Cidadania Digital, da SaferNet e do Governo Britânico, projeto do qual ela faz parte e que já impactou mais de 100 mil estudantes em 516 municípios de todo o Brasil. 

    Texto publicado em 25/09/2025

  • Projeto do MP-BA em parceria com a SaferNet fica em segundo lugar no Prêmio CNMP 2025

    / / Segurança Digital / Por marcelo / 3 semanas 5 dias atrás

    O projeto “Proteção da Criança e do Adolescente no Ambiente Digital”, desenvolvido pelo Ministério Público da Bahia em parceria com a SaferNet Brasil, ficou em segundo lugar no Prêmio do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) 2025, na categoria Atuação Finalística II – Saúde, educação, infância e juventude. 

    O anúncio do resultado das diversas categorias da premiação ocorreu nesta quarta-feira (10/09), em cerimônia realizada em Brasília. 

    Dentre as ações do projeto estão atividades com base na Disciplina de Cidadania Digital, desenvolvida pela SaferNet Brasil em parceria com a Embaixada do Reino Unido no Brasil.

    Coordenada pelo Centro de Apoio Operacional às Promotorias da Criança e do Adolescente (CAOCA/MP-BA), o projeto “Proteção da Criança e do Adolescente no Ambiente Digital” promove a adesão de municípios baianos à Disciplina de Cidadania Digital nas escolas públicas de ensino fundamental e médio. 

    Desde 2023, a iniciativa da SaferNet tem atuado com o protagonismo juvenil e o fomento ao uso seguro e responsável da internet entre estudantes, educadores e comunidades escolares.

    Através do projeto do MPBA, a Disciplina de Cidadania Digital alcançou 15 municípios baianos, impactando mais de 6 mil estudantes do ensino fundamental e médio de escolas das redes municipais com conteúdos pedagógicos, formação para professores e ferramentas educacionais que fundamentam a Disciplina de Cidadania Digital em sala de aula.

    Entre as cidades que aderiram ao projeto do MP baiano e passaram a contar com a Disciplina de Cidadania Digital estão: Sobradinho, Campo Formoso e Heliópolis.

    "A parceria com o Ministério Público da Bahia tem sido fundamental para que o projeto da Disciplina de Cidadania Digital chegue ao interior do estado da Bahia. Com o reconhecimento do Conselho Nacional do Ministério Público, esperamos que este trabalho inspire outros estados, em especial porque o recém-assinado acordo de cooperação com o CNMP vai facilitar essa adesão dos Ministérios Públicos estaduais. Nosso objetivo final é continuar este importante trabalho de colaboração com secretarias de educação, gestores e professores pela cidadania digital dos estudantes e da comunidade escolar como um todo", declara Guilherme Alves, gerente de projetos da Safernet Brasil e coordenador do projeto da Disciplina de Cidadania Digital.

    Este mês, a SaferNet anunciou que a Disciplina de Cidadania Digital alcançou um total de 100 mil estudantes impactados em todo o país, 18 mil deles na Bahia, estado que lidera o número de crianças e adolescentes que tiveram acesso ao conteúdo desenvolvido pela SaferNet. 

    Clique aqui para ver mais informações sobre o projeto finalista

    Sobre o Prêmio CNMP

    Realizado anualmente, o Prêmio do Conselho Nacional do Ministério Público reconhece práticas inovadoras e impactantes promovidas pelo MP brasileiro. Em 2025, foram inscritas 772 iniciativas em diversas áreas sociais prioritárias.

    Texto publicado em 12/09/2025

    Mais informações à imprensa:

    Marcelo Oliveira
    Assessor de Imprensa
    SaferNet Brasil
    Whatsapp: 11-98100-9521
    imprensa@safernet.org.br

  • SaferNet Brasil e CNMP firmam acordo para fortalecer a proteção de direitos humanos no ambiente digital

    / / Crimes na Web / Por marcelo / 4 semanas 7 horas atrás

    A SaferNet Brasil assinou hoje (10/09) com o Conselho Nacional do Ministério Público acordo de cooperação para permitir que membros de todos os MPs do país acessem, com segurança, informações da base de dados da ONG para subsidiar a apuração de crimes e ações de prevenção às violações de direitos humanos no ambiente digital. 

    Em quase 20 anos de atuação, a SaferNet processou mais de 5 milhões de denúncias de violações de direitos humanos na internet, sendo que até o final de 2024, mais de 2,1 milhões foram de conteúdo relacionado a abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes. 

    O sistema da SaferNet permite o anonimato do denunciante que, ao acessar a plataforma www.denuncie.org.br , seleciona um dos nove tipos de violação de direitos humanos e maus tratos contra animais, cola o link da página com o conteúdo suspeito, escreve um comentário se achar pertinente e envia a denúncia. São apenas 3 cliques para completar uma denúncia. O processo é fácil, rápido e anônimo.

    Além de conteúdos de abuso e exploração sexual infantil, o cidadão pode denunciar os crimes de racismo, apologia e incitação a crimes contra a vida, xenofobia, neonazismo, intolerância religiosa, lgbtfobia, tráfico de pessoas, violência ou discriminação contra mulheres e maus tratos contra animais. 

    A SaferNet seguirá com a cooperação que já mantém com o Ministério Público Federal, iniciada há mais de 19 anos, e cuja versão atual data de 2017. Pelo acordo com o MPF, a ONG processa as cerca de 200 a 300 denúncias que recebe diariamente em colaboração com o Núcleo Técnico de Combate aos Crimes Cibernéticos do MPF em São Paulo. Nesse processamento são excluídas denúncias repetidas, por exemplo. Apenas em 2024, o MPF instaurou cerca de 1000 procedimentos de investigação a partir das denúncias que a SaferNet Brasil recebeu. 

    Sem custos

    O presidente da SaferNet, Thiago Tavares, destacou em sua fala, durante a assinatura do acordo (veja como foi), realizada durante o evento “Infância em Primeiro Plano: Estratégias Eficazes de Atuação”, durante a programação do Circuito CNMP 2025, em Brasília, o fato de que o acordo não tem impacto orçamentário para o Poder Público, pois não há transferência de recursos entre a ONG e o CNMP. 

    “O que assinamos hoje é mais do que um documento: é um compromisso público com a proteção integral de crianças e adolescentes e com a cidadania digital de toda a sociedade brasileira. O CNMP aporta sua capilaridade institucional e sua missão constitucional; a SaferNet aporta tecnologia, dados e expertise acumulada ao longo de duas décadas de atuação na defesa e promoção dos direitos humanos em ambientes digitais. Juntos, transformaremos dados em evidências, evidências em ações e ações em resultados para quem mais precisa de proteção”, afirmou Tavares.

    “A Safernet Brasil já possui um acordo muito eficiente com o Ministério Público Federal. Em apenas 2024, instaurou-se mais de 1.000 procedimentos de investigação criminal a partir das notícias trazidas pela Safernet. Por isso, é de suma relevância a celebração desse acordo agora com o CNMP, que amplia o escopo da colaboração e permite que todo o Ministério Público Brasileiro tenha acesso a esses dados (...) Ao enfrentar a violência no ambiente digital, nós garantimos que nossas crianças e adolescentes possam crescer em contextos seguros e acolhedores”, afirmou o promotor de Justiça Carlos Vinícius Alves Ribeiro, Secretário-Geral do CNMP e signatário do acordo.

    “Importantíssimo o acordo do CNMP com a SaferNet. O MPF já tem acesso à base de denúncias da SaferNet, que integra a base do InHope, desde 2017, o que tem permitido a abertura de inúmeras investigações sobre abuso sexual de crianças e adolescentes na Internet e o resgate de vítimas. Com isso, todos os Ministérios Públicos passarão a contar com essa vasta fonte de informações para robustecer suas investigações e fortalecer o combate a esse crime devastador”, afirmou Fernanda Domingos, coordenadora do Grupo de Atuação Especial no Combate aos Crimes Cibernéticos e Crimes Cometidos por meio das Tecnologias de Informação, do MPF.

    Educação faz parte do acordo

    O acordo entre o CNMP e a Safernet prevê também ações de educação alinhadas a marcos legais como a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), a Política Nacional de Educação Digital (PNED) e diretrizes recentes sobre o uso pedagógico de dispositivos digitais. Confira os principais pontos: 

    1. Capacitação e sensibilização dos membros do MP: a SaferNet realizará 10 webinars para apresentação do sistema de denúncias e discussão de diretrizes de atuação;

    2. Acesso qualificado à informação por meio de credenciais digitais para consulta on-line ao sistema de recepção de denúncias da SaferNet, que registrou mais de 5 milhões de denúncias ao longo dos últimos 19 anos; 

    3. Formação continuada nas redes de ensino: a meta é promover, no mínimo, duas turmas de formação por ano para profissionais da educação e estudantes, com foco em Segurança e Cidadania Digital, Educação Midiática e proteção de crianças e adolescentes na internet; 

    4. Ações educativas regulares (quatro por ano), priorizando formatos remotos para alcançar mais pessoas, com atuação técnica de especialistas da SaferNet ao lado de equipes do Ministério Público e das Secretarias de Educação;

    5. Ampliação do alcance nacional: a SaferNet espera firmar parcerias com, no mínimo, 50% dos Ministérios Públicos Estaduais e suas Secretarias de Educação ao longo da vigência do acordo (5 anos), fomentando a adesão e o engajamento locais.

    Veja fotos da assinatura do acordo

    Sobre a SaferNet

    A Safernet completará 20 anos de existência em dezembro deste ano. Durante sua trajetória, a ONG brasileira tornou-se referência na promoção dos direitos humanos na internet. Com uma abordagem multissetorial, atua no enfrentamento aos crimes cibernéticos contra os Direitos Humanos, no acolhimento de vítimas de violência online e em programas de educação, prevenção e conscientização.

    A Safernet mantém o Canal Nacional de Denúncias www.denuncie.org.br, conveniado ao Ministério Público Federal e o Canal de ajuda.org.br, o Helpline, para o acolhimento e orientação às vítimas de violência e outros problemas online. A Safernet promove o uso seguro da internet com projetos educacionais como a Disciplina de Cidadania Digital .

    A SaferNet entrou este ano para o grupo dos hotlines que mais contribuíram globalmente para a detecção de páginas com material de abuso sexual infantil, a partir de denúncias e de busca pró-ativa com ferramentas de detecção, segundo o último relatório global do InHope, associação internacional que reune 57 canais de denúncia em 52 países. 

    Texto publicado em 10/09/2025

    Mais informações à imprensa
    Marcelo Oliveira
    Assessor de Imprensa
    SaferNet Brasil
    Whatsapp: 11-98100-9521
    E-mail: imprensa@safernet.org.br 

     

  • Disciplina de Cidadania Digital ultrapassa os 100 mil estudantes impactados

    / / Segurança Digital / Por marcelo / 1 mês 10 horas atrás

    A Disciplina de Cidadania Digital, projeto da SaferNet em parceria com o Governo do Reino Unido, alcançou neste mês de setembro mais de 100 mil estudantes impactados em todo o Brasil. 

    Mais exatamente, 101.849 estudantes, a maioria do ensino médio, de 817 escolas de todo o país, a maioria estaduais, em 513 municípios de todas as 27 unidades federativas, tiveram contato com o conteúdo do projeto desde o início de sua implementação, em 2023.

    A Disciplina de Cidadania Digital é um programa completo de recursos pedagógicos (com planos de aulas, curso para professores, apoio e prêmio para escolas) que já está em seu terceiro ano nas escolas. Os planos de aula podem ser ministrados nos dois últimos anos do Ensino Fundamental e durante o Ensino Médio por educadores de qualquer área de conhecimento. A disciplina pode ser usada em todo ou em parte e pode ser adaptada inclusive em situações de internet indisponível ou intermitente. 

    O projeto busca apoiar professores, escolas da rede pública e secretarias de educação na implementação de um componente curricular que prepare estudantes para o uso seguro, ético, saudável e responsável das tecnologias. Todas as iniciativas do projeto estão alinhadas com a Base Nacional Comum Curricular, com o eixo de cultura digital da BNCC Computação, e com as recentes Diretrizes de Educação Digital e Midiática do MEC. Vale lembrar que o tema também é tratado no recentemente aprovado ECA Digital (PL 2628), que estabelece a educação digital como um dos princípios do uso de tecnologia por crianças e adolescentes. 

    Cinco estados respondem pela maioria dos alunos do projeto. Na Bahia foram 18.131 impactados. O estado do nordeste é seguido por Santa Catarina, com 12.667 estudantes, depois São Paulo (11.095), Paraíba (10.178) e Maranhão (9.385). Os dados por Estado podem ser vistosr no mapa interativo dos indicadores do projeto.

    “O marco dos 100 mil estudantes impactados com o projeto é o resultado de um trabalho coletivo que envolve centenas de professores e professoras engajados, além de parcerias com secretarias de educação que já entenderam que a cidadania digital é um requisito para a formação integral dos estudantes hoje. A educação digital é, inclusive, defendida no recém-aprovado ECA Digital (PL 2628) como um princípio da proteção online de crianças e adolescentes. Já temos normas e diretrizes para isso, mas o desafio nas escolas é justamente tornar essa educação algo real”, afirma Guilherme Alves, gerente de projetos da Safernet Brasil e coordenador da Disciplina de Cidadania Digital.

    Planos de aula

    O projeto disponibiliza gratuitamente um caderno digital com mais de 300 páginas de planos de aula completos para professores da rede pública. Os roteiros foram criados com o apoio de educadores e estudantes e contam com passo a passo detalhado para as aulas, slides de apoio, vídeos, jogos e outros recursos, além de sugestões de adaptações e formas de avaliar os estudantes. Entre os temas encontrados no caderno estão o combate ao ciberbullying e discursos de ódio online, estratégias para uso saudável da tecnologia, reflexões sobre riscos em jogos e redes sociais e ética na inteligência artificial.

    Para todas as aulas, os professores encontram as habilidades e competências da BNCC que serão trabalhadas, garantindo um aprendizado alinhado às diretrizes de educação e outros marcos legais. Além do caderno completo, os professores também podem pesquisar e baixar os planos individualmente, de acordo com os temas, no repositório digital.

    Curso de formação

    Em julho, a SaferNet lançou a segunda edição, revista e atualizada, do curso de formação “Segurança e Cidadania Digital em Sala de Aula”, na plataforma Avamec, do Ministério da Educação (MEC). Somando a 1ª e a 2ª edição, a formação já teve 41,7 mil educadores matriculados. 

    O curso foi criado para treinar os professores que aplicam os conteúdos do caderno de aula nas escolas, e integra a Estratégia Nacional Escolas Conectadas do Governo Federal, sendo indicado pelo MEC para o desenvolvimento de habilidades digitais de professores.

    O curso passou de 40h para 60h e a nova edição recebeu o acréscimo de um módulo de Educação Midiática no qual são abordados temas como inteligência artificial, as diferentes formas de se consumir informação e a responsabilidade dos influenciadores digitais. 

    Prêmios aos professores

    Nestes três anos de implementação da Disciplina de Cidadania Digital, a SaferNet realizou duas edições do Prêmio Cidadania Digital em Ação, cujos vencedores foram anunciados no Dia da Internet Segura de 2024 e 2025. 

    O prêmio visa celebrar professoras e professores de escolas públicas que, por meio de metodologias inovadoras e participativas, promoveram a transformação social e o engajamento de estudantes a se tornarem cidadãos críticos e conscientes nos ambientes digitais. 

    Em 2024 e 2025 foram premiados professores que enviaram relatos criativos e inovadores destacando o protagonismo estudantil, engajamento com a comunidade, empoderamento digital e boas práticas pedagógicas. 

    Em 2024, o vencedor foi o professor João Paulo Freitas de Oliveira, do Instituto Federal da Paraíba, campus Cajazeiras. Em 2025, venceu o prêmio o professor Reginaldo Silva Araújo, do Colégio Estadual do Campo Filinto Justiniano Bastos, de Seabra, na Bahia. As duas edições do prêmio também reconheceram iniciativas de professores de São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Norte e Ceará. 

    A edição de 2026 já está garantida e o regulamento e cronograma serão divulgados em breve, mas já está certo que o prêmio novamente será entregue durante a programação do evento principal do Dia da Internet Segura 2026. 

    Histórias de transformação

    Independentemente de prêmios, a SaferNet dá espaço no site da Disciplina de Cidadania Digital para casos de sucesso em sala de aula, como o da professora Leila Pereira e sua turma na Escola Estadual Mirna Elisa Bonazzi, do Programa de Ensino Integral, em Embu das Artes, na Grande São Paulo.

    De fato, a história de Leila e sua turma é um sucesso dentro e fora da escola, pois os alunos se tornaram multiplicadores dos conteúdos desenvolvidos em classe e levaram o que aprenderam para casa. 

    “Meu avô, sem querer, baixou o aplicativo ‘do tigrinho’, e apareceu lá para ele depositar um dinheiro. Aí eu aconselhei ele a não fazer isso e desinstalei do celular dele, depois de conversar com ele. Ele não baixou mais” compartilhou L, que, durante a disciplina aprendeu sobre o design manipulativo das plataformas, como é o caso de páginas de apostas e jogos, capazes de reter a atenção e simular um ambiente lúdico. 

    O próximo passo de Leila e sua turma será levar esses conhecimentos obtidos com a Disciplina de Cidadania Digital para outros alunos da escola. Uma roda de conversa está sendo organizada pelos alunos com colegas de outras salas para iniciar esta etapa de multiplicação do conhecimento. 

    Sobre a SaferNet

    A Safernet completará 20 anos de existência em dezembro deste ano. Durante sua trajetória, a ONG brasileira tornou-se referência na promoção dos direitos humanos na internet. Com uma abordagem multissetorial, atua no enfrentamento aos crimes cibernéticos contra os Direitos Humanos, no acolhimento de vítimas de violência online e em programas de educação, prevenção e conscientização.

    A Safernet mantém o Canal Nacional de Denúncias www.denuncie.org.br, conveniado ao Ministério Público Federal e o Canal de ajuda.org.br , o Helpline, para vítimas de violência e outros problemas online. A Safernet promove o uso seguro da internet com projetos educacionais como a Disciplina de Cidadania Digital .

    A SaferNet mantém o quinto hotline que mais coopera com hotlines de outros países no combate à proliferação de imagens de abuso e exploração sexual infantil.

    Texto publicado em 08/09/2025

    Mais informações à imprensa
    Marcelo Oliveira
    Assessor de Imprensa
    SaferNet Brasil
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  • SaferNet e Google promovem formação gratuita sobre supervisão familiar e controle parental

    / / Comportamento Online / Por marcelo / 1 mês 4 dias atrás

    A Safernet Brasil, em parceria com o Google, realizará uma formação continuada online ao longo do segundo semestre de 2025 para apoiar pais, responsáveis, educadores e demais pessoas interessadas na conscientização sobre supervisão familiar e ferramentas de controle parental, essenciais para que crianças e adolescentes possam fazer um uso consciente, seguro e ético da internet. 

    Lidar com as tecnologias digitais pode ser desafiador, por isso a SaferNet deseja promover reflexões e trazer dicas práticas para a proteção de crianças e adolescentes em ambientes digitais. 

    Segundo pesquisa do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), apenas 3 em cada 10 pais usam ferramentas de mediação parental. O número diminui, porém, quando a pesquisa questiona se os pais usam ferramentas que limitam o tempo de tela dos filhos: apenas 24% responderam sim. Outra pesquisa, encomendada pelo Google, mostra que só 17% dos pais no Brasil usam ferramentas de controle. 

    No próximo dia 10 (quarta-feira), a SaferNet abre a série com "Famílias Conectadas: uma conversa sobre supervisão familiar e ferramentas de controle parental" que será transmitida entre 19h e 20h (horário de Brasília) no canal da Safernet, no YouTube.

    A formação é continuada e terá novos encontros. Detalhes e datas das próximas etapas serão anunciadas nas redes sociais e no site da SaferNet. 

    Além de pais e responsáveis, essa formação é voltada também para educadores; profissionais da educação e demais pessoas interessadas no tema.

    A formação abordará introdução à supervisão familiar; noções de privacidade e segurança; abandono digital de crianças e adolescentes e como utilizar ferramentas de controle parental.

    Certificado de participação será emitido aos participantes. Orientações sobre como obter o documento serão compartilhadas ao final da transmissão.

    Para participar, é necessário se inscrever através do formulário: https://bit.ly/live-supervisao-familiar

    A formação será conduzida pelas psicólogas Juliana Cunha, diretora de Projetos Especiais da SaferNet, e Bianca Orrico, que atua no canal de ajuda e na área de Educação da SaferNet. 

    Juliana Cunha é mestre em Cultura e Sociedade pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Com 15 anos de experiência clínica com adolescentes e jovens e como professora de Psicologia e Tecnologia. Na SaferNet Brasil, é diretora de projetos especiais, com foco em empoderamento e segurança de crianças, adolescentes, jovens e mulheres. É responsável pelo Helpline, serviço nacional que oferece orientação online sobre o uso seguro da Internet;

    Bianca Orrico é doutora em Estudos da Criança pela Universidade do Minho (Portugal) e Mestre em Psicologia do Desenvolvimento pela Universidade de Coimbra (Portugal). Na SaferNet Brasil, atua desde 2012 na equipe do canal de ajuda e na área de educação, desenvolvendo materiais pedagógicos, palestras de conscientização sobre uso crítico e responsável da Internet e suporte a educadores na aplicação da Disciplina sobre Cidadania Digital. É membro suplente do Conanda. 

    Sobre a SaferNet

    A Safernet completará 20 anos de existência em dezembro deste ano. Durante sua trajetória, a ONG brasileira tornou-se referência na promoção dos direitos humanos na internet. Com uma abordagem multissetorial, atua no enfrentamento aos crimes cibernéticos contra os Direitos Humanos, no acolhimento de vítimas de violência online e em programas de educação, prevenção e conscientização.

    A Safernet mantém o Canal Nacional de Denúncias www.denuncie.org.br, conveniado ao Ministério Público Federal e o Canal de ajuda.org.br , o Helpline, para vítimas de violência e outros problemas online. A Safernet promove o uso seguro da internet com projetos educacionais como a Disciplina de Cidadania Digital .

    A SaferNet mantém o quinto hotline que mais coopera com hotlines de outros países no combate à proliferação de imagens de abuso e exploração sexual infantil.

    Texto publicado em 04/09/2025

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