Um filme de Sergio Leone
18 de outubro de 2009
17 de outubro de 2009
Clean and Sober (1988)
Um filme de Glenn Gordon Caron
16 de outubro de 2009
Leaving Las Vegas (1995)
Um filme de Mike Figgis
15 de outubro de 2009
No Quarto da Vanda (2000)
Um filme de Pedro Costa
Era dar-lhes o cinema. O cinema dá-lhes muitas coisas, só não lhes dá dinheiro, comigo...
Mas admite que a recepção aos seus filmes tem sido acompanhada pelo questionamento de uma suposta contradição: fazer da miséria um objecto artístico. Aceita isso?
Jamais, jamais. Comecei "O Quarto da Vanda" com a mesma energia, cegueira e ambição com que comecei "O Sangue". Tinha feito "Ossos" e "Casa de Lava" (1994), filmes de transição. Tinha-me preparado para saber se o filme era possível ou não. Sentia-me bem ali [nas Fontaínhas], via laços que se estavam a criar entre mim e pessoas, coisas, ideias. Tal como n' "O Sangue", lancei a minha própria ficção para lançar o "Quarto da Vanda". Uma noite, eu e a Vanda falámos sobre o que é que valia a pena fazer depois do "Ossos". Acho que isto é uma pequena ficção criada por mim. Lembro-me de ter dito: "Isto é demasiado cansativo, não estou para isto", e ela dizer-me: "Se calhar pode fazer-se de outra maneira, fica aí, há um quarto, há pessoas que gostam de ti, aparentemente gostas de estar cá, deves gostar de filmar cá, filma, mas arranja outra maneira". Isto foi uma pequena ficção para lançar o filme. E fiz o meu caminho nas Fontaínhas, completamente solitário, tive de aceitar coisas, tocar nas dificuldades, na moral que se põe quando se está num sítio daqueles, que é muito cru, extremado. E tive que fazer esse caminho. Isso era de facto contraditório, mas precisava de o resolver antes de começar a filmar.
Pedro Costa
14 de outubro de 2009
13 de outubro de 2009
Gespenster (2005)
Um filme de Christian Petzold
Já alguém disse que “Fantasmas”, título português, é um filme seco. E compreendo perfeitamente o porquê disso. Os diálogos curtos, a fria relação entre os personagens, a peculiaridade dos movimentos e da narração assim o atestam. E basta ver os primeiros cinco minutos para perceber que é um filme seco, cru e sobretudo uma grande aposta nas expressões corporais dos personagens.
Depois, Petzold reflecte na perda, na dor da perda, no desespero. A perda de um filho, a incerteza da sua existência. Mas o cineasta alemão explora ainda a marginalidade, o amor e a homossexualidade. E a relação entre Nina e Toni é o espelho da frieza, da incomunicabilidade pessoal e da mentira. Até porque a marginalidade está sempre presente.
E “Gespenster” é acima de tudo um filme sobre a solidão, a falta de afecto. Muito bom.
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as obras-primas de António Reis e Margarida Cordeiro 1976, Trás-os-Montes Por um filme A única solidão é aquela que não tem passado....